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 | 20/01/2009 18h54min

Fernandão: "Dói não estar aí no ano do centenário"

Ídolo colorado admitiu que a adaptação no Catar não foi fácil

Capitão da Libertadores e do Mundial em 2006 e principal ídolo recente do Inter, o meia-atacante Fernandão revelou nesta terça-feira que está “triste” em não vestir a camiseta vermelha no ano do centenário do clube. Em entrevista para a Rádio Gaúcha, o jogador do Al-Gharafa, do Catar, disse que segue torcendo pelo clube que o projetou, mas que gostaria de fazer parte da história desta temporada.

— Dói muito. Passei quatro anos aí, intensos. Tive uma identificação muito grande com o torcedor. Eu gostaria de estar participando, de estar vivendo mais essa história no ano do centenário, seria emocionante — disse Fernandão.

— Como colorado, vou torcer para que o Inter conquiste mais títulos ainda no centenário — completou.

Fernandão elogiou a estrutura do Inter. Para o ex-capitão colorado, o clube gaúcho está fazendo boas contratações de jogadores que, como no grupo de 2006, tem identidade com o grupo.

— O Inter está fazendo grandes escolhas, boas contratações. São jogadores que vem criando uma identificação com a equipe e com a torcida. Quando se cria um status como o Inter e São Paulo, qualquer atleta que receber convite para jogar no clube, aceitaria — opina.

Dificuldades de adaptação

Segundo o jogador, a rotina do Al-Gharafa é bem diferente do que no Brasil. Os treinos são à noite, por causa do calor, e os estádios são vazios. Por isso, muitos brasileiros têm dificuldade de adaptação.

— A vida bem mais calma, com um jogo apenas por semana. A mudança é um pouco drástica. Estava acostumado aquela vida de concentração, treinamentos. Mas agora, posso curtir mais a família. Mas é muito diferente. O público aqui é, no máximo, de 60 torcedores — comenta.

Novo capitão

O ídolo ainda respondeu sobre a questão que está gerando grande expectativa entre os torcedores: quem seria o novo capitão do Inter, uma vez que Edinho viajou para a Itália fazer exames com o Lecce nesta terça-feira? Apesar de desconversar e dizer que todos no grupo são capazes e que Tite possui "pessoas fantásticas para ter a braçadeira", o autor do gol 1000 nos Gre-Nais brincou:

— Se precisarem de um capitão, há um aqui no Catar. É só me ligar — finalizou.

RÁDIO GAÚCHA
 

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